domingo, 12 de julho de 2009

Ao mar ou amar...

Mas que mar há em amar...
Da escolha do barco
Ao içar das velas
De corpo posto a nadar

Em águas profundas
De sentimentos rasteiros
Na praia, na areia
Com pegadas do efêmero
E o passado afogado

É só mergulhar
Em banho de sol
Lua a esquentar
Amor de verão
Casamento sem altar

Brisa de serenidade
Força de saudade
De quem se arrepia
Em noite de maestria
A desafiar o mar
E os que sabem amar...

Em confronto de forças
Que se perdem no tempo
Em duelo de gigantes
Com espadas de vento

Nem se escolhe fugir
De guerra viva sem fim
Em campo minado de odor
Enlameado em beijos de dor

A vida celebra o raiar
De frente pro vento
De costas pro tempo
Sem compasso ou exemplo

Ao mar ou amar...