terça-feira, 18 de setembro de 2007

Madrugada

Minha vida é um balde de vento
Eu arremesso em meio ao nada
O ar que reveste o momento
Faz-se banho em madrugada

Mas eu cato de novo o relento
E misturo à boca amargada
Convalesce de dor e tormento
A prece então desmaiada

E me vicio longe a contento
Da repetição meio espraiada
Insisto no tempo e arrebento

A vontade agora aflorada
Me invisto de sonho e alento
Na ilusão de toda caminhada

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