Posso te ter de olhos
Fechados
E sentir tua pele
Calado
Beber tuas lágrimas
Num verso
Chorar tua ausência
Num passo
Sorrir teu charme
Por perto
Tocar tua índole
Fácil
Viver teus dramas
Inerte
Torcer tuas dores
Vingado
Andar teu caminho
Inebriado
Bater teu peito
Rarefeito
Passeio pelo teu tempo
E nada me faz sentir pressa
Eu só temo
Não durar os teus dias
Rogo ao destino
A concessão do impossível
Numa mão ponho a reza
E peço o pecado
Doce sabor amargo
Eu quero tua dimensão
Raptar o futuro
E te dar de presente
Minha eternidade
Eu ouço tua voz
E sei
Que a natureza canta
Queria um espaço entre teus sonhos
Um quarto da mente
Uma cama junto a teu sorriso
Tuas manias como cobertor
E na profusão das palavras
Equilibro as letras
E derrubo a dor
Sofrer não te rima
És vida que anima
A parte de dentro
Aquece a contento
Minha sede de amor
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Aviso de fé
Bem queria ter poder
Para te construir em verso
Metrificar o meu destino
No contorno do teu riso
Bem queria decifrar
A linguagem do teu rosto
E contar o meu tempo
No ritmo dos teus olhos
Só me sobra uma réstia
Do instante que não tive
Fui vontade nada resta
Quis amor e me contive
Não me fugiu da covardia
O semblante da mulher
Traços finos boca lisa
Expressão de bem-me-quer
Retrato e alma de menina
Gesto e pose de princesa
Reinado breve numa mesa
E majestade da minha sina
Na pureza da tua voz
A natureza da harmonia
A certeza que me guia
À beleza que te é foz
Mas o dia entardeceu
E a noite se fez fria
Pagode foi agonia
Você desapareceu
Por entre copos não te vi
Por entre goles não dancei
Por entre vozes eu calei
Por entre gente te perdi
Busquei colo no recanto
Sem um canto pra soltar
Minha fuga virou pranto
No desencanto de te olhar
Desencontro de lábios
Desengano de anseios
Despudor sem esperança
Tessitura da ilusão
Em meu peito presságio
Em meu ímpeto defeito
Tormento na lembrança
Via-crúcis da paixão
Longe tudo é carência
Reminiscência e lamento
Varro a vida por detalhes
O que não sei eu invento
E me apego a descrições
De perfis elaborados
Solapo as decepções
E me imagino namorado
Absorvo tudo que te apraz
Repudio logo as traições
“Eu sei que a vida se refaz
Por entre todas frustrações”
E na bagunça me organizo
Arquivo em mim o teu calor
Eu nem sei mas te prescrevo
“A fórmula certa do amor”
Hei de achá-la em teu nome
Fruto e prova do latim
Língua morta que não some
Se a chama não tem fim
No batismo francês reluz
O que tua alma já recita
Aviso de fé te traduz
E crer em ti se justifica
Rezo a dor de não te ter
Ergo a cruz de te sonhar
Na parábola da ausência
Peco porque te desejo
Oro à chance de te ver
E sem direito a separar
Rogo a mim a penitência
De te converter num beijo
Para te construir em verso
Metrificar o meu destino
No contorno do teu riso
Bem queria decifrar
A linguagem do teu rosto
E contar o meu tempo
No ritmo dos teus olhos
Só me sobra uma réstia
Do instante que não tive
Fui vontade nada resta
Quis amor e me contive
Não me fugiu da covardia
O semblante da mulher
Traços finos boca lisa
Expressão de bem-me-quer
Retrato e alma de menina
Gesto e pose de princesa
Reinado breve numa mesa
E majestade da minha sina
Na pureza da tua voz
A natureza da harmonia
A certeza que me guia
À beleza que te é foz
Mas o dia entardeceu
E a noite se fez fria
Pagode foi agonia
Você desapareceu
Por entre copos não te vi
Por entre goles não dancei
Por entre vozes eu calei
Por entre gente te perdi
Busquei colo no recanto
Sem um canto pra soltar
Minha fuga virou pranto
No desencanto de te olhar
Desencontro de lábios
Desengano de anseios
Despudor sem esperança
Tessitura da ilusão
Em meu peito presságio
Em meu ímpeto defeito
Tormento na lembrança
Via-crúcis da paixão
Longe tudo é carência
Reminiscência e lamento
Varro a vida por detalhes
O que não sei eu invento
E me apego a descrições
De perfis elaborados
Solapo as decepções
E me imagino namorado
Absorvo tudo que te apraz
Repudio logo as traições
“Eu sei que a vida se refaz
Por entre todas frustrações”
E na bagunça me organizo
Arquivo em mim o teu calor
Eu nem sei mas te prescrevo
“A fórmula certa do amor”
Hei de achá-la em teu nome
Fruto e prova do latim
Língua morta que não some
Se a chama não tem fim
No batismo francês reluz
O que tua alma já recita
Aviso de fé te traduz
E crer em ti se justifica
Rezo a dor de não te ter
Ergo a cruz de te sonhar
Na parábola da ausência
Peco porque te desejo
Oro à chance de te ver
E sem direito a separar
Rogo a mim a penitência
De te converter num beijo
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