Em você o silêncio basta
A vontade se confessa
A razão é só uma injúria
Deflagrada na mudez
Em você o instante some
A eternidade embala o tempo
O segundo atrasa o passo
No desejo da nudez
Em você a sina vive
O destino se recomenda
A emoção suplica a lida
No pulsar da tua tez
Em você o verbo vibra
A palavra se inventa
O verso se consolida
Na rima da insensatez
Em você força fracassa
A dureza estremece
Os olhos se fazem golpe
Na queda de uma sisudez
Em você o mundo finda
O universo recomeça
A vida se alinha
Na regência da tua vez
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